Dói. Dói perceber
Perceber, receber, devolver.
Ajude!
Você pode tanto, menina!
O espelho mente... E como mente.
O sorriso pode mentir também.
Mas, o olhar... Esse não.
Medo de olhar nos olhos,
Os olhos revelam o que a alma grita.
Alma, calma.
Aí é que está, minh’alma não está em calma
Atormentada corre por todos os cantos do meu ser
E aí? Quando você vai ouvi-la?
Não sei, não quero, quero, é claro.
Revele, me leve... pra longe. Bem longe.
Quero sair e abraçar cada criança,
Ouvir cada história...
Ser jovem em cada geração.
Quero sonhar todos os sonhos,
E realizar as vontades mais profundas de cada alma.
Hoje quero ser um agente de mudança
Quero subir ao palco e tocar uma alma.
Quero trocar de alma com alguém...
Quero conhecer esses olhos (sem lente, é claro).
Hoje, quero tirar uma soneca e comer bolinhos a tarde.
Hoje quero brincar na rua, soltar pipa, pega-pega,
esconde-esconde..
Quero todas as cores do elefante colorido, todas as músicas
da mãe do disco...
Quero ser a rainha da diversão.
Quero dançar na chuva ao som do batuque do Olodum..
Quero que minha raça grite ao mundo o seu valor,
Quero que os olhos brilhem, os pelos arrepiem e a alma
SORRIA.
Hoje, quero dar valor às coisas simples, e esquecer os
números.
Hoje quero que todos deixem de ser gente grande.
Quero a vovó pulando corda, o vovô dançando um samba.
Chega, de uma geração ter vergonha da outra.
Quero a mistura, sou mestiço.