Um abismo. Um caco. Separada de mim, por
mim mesma. Não pertenço a nada mais, nem a mim. Um poço de lama, fundo... escuro. Não encontro nada, além de
dor. Não me encontro. Perdida, desolada. Sozinha. Por vezes, mal, por outras
vezes... mais mal. A felicidade disse “volto logo”. Um logo demorado...
intocável. Não quero me entregar, não, não vou. É difícil se sentir assim, é
difícil ouvir conselhos óbvios. Mas é preciso.
As lágrimas vêm, são inevitáveis. Sou um
poço de lágrimas. Tímidas ou agressivas. Purificam.
Um abismo. Um abismo é o que vejo em minha
frente. Um buraco é como me sinto. Um vazio... que transborda. Não sei o que
fazer e como agir. Sei o que quero, onde quero estar e quem me faz bem. Bom,
acho que sei!
Vivendo e conhecendo as dores de não pertencer.
Me perdi. Mas, não sei se quero me
encontrar.
Eu preciso da minha dor, ela faz quem sou.
Ela faz quem sou hoje. Hoje, sou dor. Ontem fui lágrimas... Amanhã serei... Não, não quero pensar. Não
posso!
Eu sinto tanto. Sinto exageradamente.
Sinto por não querer sentir. Sinto por sentir em demasia.
Sozinha, é como me sinto hoje.
Fora de contexto... Fora de lugar.
Não pertenço a aqui!
Mas, como posso não pertencer? Se aqui, é
o lugar pra onde eu volto! Quero estar aqui. Mas, não consigo me entregar. Não
hoje! Não dessa vez. Não pra vocês.
Serei eu uma pessoa tão má assim? Como me
sinto?
Quem é você hoje?
Um caco. Cortante. Uma confusão. Fusão de
sentimentos que escorrem... pelos olhos. Não é palpável. Não é objetivo. Não
tem que ser!
Quem é você hoje?
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